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COP27 | Uma nova oportunidade

 

Começou, a 6 de novembro, a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.

A COP 27 surge num momento de profunda análise sobre o futuro da humanidade, onde nos questionámos da sua capacidade de construir em cima das discussões que permaneceram abertas no ano passado.

Todos os anos, os países do mundo encontram-se no quadro das Nações Unidas para discutir o grande problema da atualidade, as alterações climáticas. Assim sendo, os temas para esta COP27 serão a mitigação, a adaptação, o financiamento e a colaboração para colmatar a crise climática.

Os países mais desenvolvidos, que até ao momento usufruíram do uso dos combustíveis fósseis, devem assumir a responsabilidade política e financeira de apoiar aqueles que já não têm meios para lidar com as consequências das catástrofes agravadas pelas alterações climáticas.

Esta 27ª edição, que acontece entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito parte com o lançamento do relatório provisório sobre o clima global em 2022 da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O estudo indica que os últimos oito anos podem ser os mais quentes já registrados. Cientistas alegam que as temperaturas elevadas levarão o planeta a uma série de ameaças climáticas que ocorrerão ao mesmo tempo e lugar, repetidamente.

Um dos efeitos destas altas temperaturas constantes será a redução da humidade do solo que, consequentemente, reduzirá o crescimento das plantas. Também as chuvas locais irão reduzir e veremos períodos de secas e todas as suas consequências.

É neste cenário que deverão ser abordadas as coberturas verdes que serão, cada vez mais, elementos cruciais no combate às alterações climáticas. Assim como jardins e florestas, as coberturas verdes geram benefícios ecossistémicos, que incluem a polinização, os recursos hídricos e a regulação do clima.

Para que a natureza seja capaz de combater as mudanças climáticas é necessário produzir alimentos de forma mais sustentáveis e criar fontes de água com resiliência climática.

A cresceste ocupação dos edifícios nas cidades, aliados à gestão ineficiente dos recursos naturais têm provocado a diminuição das áreas verdes disponíveis para o cultivo, comprometendo a segurança alimentar das populações. Desta forma, surge, cada vez mais, o uso das coberturas nas edificações para cultivo. Esta prática melhora a segurança alimentar e nutricional em meios urbanos assim como contribuí para a sustentabilidade das cidades.

No que diz respeito à redução de chuvas locais e ao aumento de períodos de seca também podemos ver nas coberturas verdes uma solução. Estes espaços têm uma grande capacidade de retenção da água da chuva, criando também um atraso da chegada da água sobrante ao sistema de drenagem urbano. Como consequência é diminuída a pressão sobre este sistema de drenagem urbano de águas pluviais e consequentes episódios de inundações e enxurradas, que são também cada vez mais comuns como consequência das alterações climáticas.

Para além de tudo isto, as coberturas verdes ajudarão também no combate à poluição, reduzindo os seus níveis bem como retendo poeiras e partículas em suspensão. Em adição produzem oxigénio e captam CO2.

Estes são apenas alguns dos serviços que as coberturas verdes prestam, podendo ainda ser inumados dezenas.

 

É urgente procurar um equilíbrio com a natureza, porque precisamos dela para sobreviver.

O futuro constrói-se, não se espera!